Keno Don Hugo Rosa nasceu em 29 de junho de 1951, em Louisville, Kentucky, e é um dos mais originais e proeminentes artistas Disney da atualidade.
Em 1986, inspirado no trabalho de Carl Barks, Rosa contactou Byron Erickson, editor-chefe da Gladstone, a editora dos quadrinhos Disney na época, e obteve permissão para desenhar uma história com o Tio Patinhas. A história, "O Filho do Sol", foi um sucesso instantâneo e foi indicado para o prêmio Harvey Award. A Gladstone, então, contratou Rosa para mais histórias dos patos.
Até 1989, Rosa produziu várias histórias para a Gladstone. Depois de uma disputa sobre seus originais, Rosa saiu da Gladstone. Posteriormente, retornou aos quadrinhos Disney, produzindo para a editora dinamarquesa Egmont.
O trabalho de Rosa é cheio de referências a Carl Barks. Aliás, seu maior trabalho foi produzido a partir de fragmentos das histórias de Barks, resultando na "Saga do Tio Patinhas", série de histórias mostrando o pato mais rico do mundo desde sua infância, o momento em que ganhou a Moedinha nº 1, a Corrida do Ouro no Klondike, passando por várias aventuras ao redor do mundo, até estabelecer-se em Patópolis, na Colina Mata-Motor e a construção da Caixa-Forte.
Nas primeiras histórias da Saga, Rosa redesenhou muitos quadrinhos de Barks, e muitas daquelas histórias eram seqüências das histórias-mãe. No primeiro quadrinho das histórias, Rosa usualmente esconde a expressão "D.U.C.K.", que é a sigla de "Dedicated to Unca Carl from Keno".
Don Rosa mostrou em suas histórias, também, como surgiu o Manual dos Escoteiros Mirins ("Os Guardiões da Biblioteca Perdida", de 1993) e a invenção do Lampadinha "A Primeira Invenção do Pardal", de 2002), além de ter criado o personagem Cavaleiro Negro (Arpin Lusene), inimigo do Tio Patinhas ("O Cavaleiro Negro", de 1998). Rosa mostrou, ainda, o retorno dos Três Cavaleiros (Panchito, Pato Donald e Zé Carioca) na história "Sete Cavaleiros (Menos Quatro) e um Destino", de 2005.
Os desenhos de Rosa são duros, de cenários bastante carregados e os patos têm uma expressão triste. Nas "entrelinhas", pode-se ver várias gags visuais paralelas à trama principal.
Pesquisa, Tradução e Montagem
Paulo Ricardo Abade Montenegro
Colecionador e Especialista em Gibis