Lista de Mestres Biografia do Mestre
As histórias que marcaram a infância daqueles que cresceram lendo as revistas Disney-Abril tiveram, por trás dos desenhistas, roteiristas criativos (todos americanos nascidos na primeira metade do século XX), responsáveis por muitos dos sonhos e objetivos que nortearam as vidas dessas crianças de outrora.
Embora desconhecidos até agora, na verdade foram eles que expandiram a Galeria Disney criando novos personagens, criando personagens parentes dos já existentes e até criando vilões e inimigos inesquecíveis.
Também escreveram roteiros de histórias extremamente criativas, com muita ação, mistérios e comicidades, que marcaram várias gerações de leitores.
Esta introdução acima irá abrir o item de "Características" de todos os escritores e roteiristas das histórias em quadrinhos Disney, doravante aqui apresentados.
Del Connell é um deles! Durante sua vida produtiva escreveu mais de 7.700 roteiros, aí incluídas histórias de uma página e tiras de jornal, é claro, mas mesmo assim uma cifra fabulosa.
"A Fonte Da Juventude" (Revista Mickey, no. 68, de 1958); "Donald Na Ma-Laia" (Revista Mickey, no. 81, de 1959); "Marinheiros De Água Doce" (Revista Mickey, no. 78, de 1959)
Em primeiro lugar, três roteiros de histórias com Donald e sobrinhos. Na primeira, com traço de Bob Moore, os patos buscam a Fonte da Juventude. Na segunda, com traço de Jack Bradbury, os patos vão para a Ma-Laia (paródia da Malásia) buscar uma partida de borracha. Na terceira, com traço de Dick Moores, os patos buscam um tesouro enterrado em uma ilha. Observe-se a repetição do tema da "busca pelo sucesso", sempre terminando de forma inusitada. Característica de Connell.
"Mancha Negra Encontra O Super-Pateta" (Revista Mickey, no. 164, de 1966); "O Super-Trapalhão" (Revista Mickey, no. 163, de 1966).
Acima, as duas tentativas fracassadas de Del - com traço de Paul Murry - para criar o roteiro do nascimento do personagem Super-Pateta.
Na primeira, Pateta enfrenta o Mancha Negra pensando que é super, mas sem ser. Ele havia tomado por engano um inócuo super-combustível inventado por Pardal e achava que havia ganhado super-poderes.
Na segunda o Pateta recebe energia de uma suposta "super-capa" inventada pelo Prof, Pardal, uma coisa sem sentido. Por que o Pardal inventaria essa capa e a daria justo ao Pateta? Sempre que não se sabe o que fazer, coloca-se o Pardal inventando qualquer coisa.
No final, coube a Bob Ogle criar a versão definitiva do nascimento do Super-Pateta, que se transforma quando come super-amendoins. Muito mais engraçado e criativo.
"Peter Pan" (Revista Mickey, no. 14, de 1953); "O Tesouro Enterrado" (Revista Pato Donald, nos. 320 e 321, de 1957); "Donald e Peter Pan" (Revista Pato Donald, no. 318, de 1957).
Aqui, três exemplos de roteiros de histórias com os personagens do desenho animado Peter Pan. Na primeira, desenhada por Al Hubbard, a versão quadrinizada da história original. Na segunda, desenhada por Dick Moores, Wendy e seus irmãos enfrentam o Capitão Gancho na busca por um tesouro. Na terceira, desenhada por Bob Moore, Peter encontra Donald, quando busca ouvir as histórias que ele conta aos seus sobrinhos afim de reproduzi-las para os Meninos Perdidos, mas no final, o falatório do pato o coloca em apuros. Nestes três casos, Connell soube explorar muito bem as características dos personagens do desenho animado.
"Alice No País Das Maravilhas" (Revista Mickey, no. 2, de 1952); "A Dama E O Vagabundo" (Revista Disney Especial, no. 3, de 1973).
Mais dois exemplos de roteiros de Del para versões quadrinizadas de desenhos animados dos Estúdios Disney: "Alice no País das Maravilhas", com desenho de Riley Thomson e arte-final de Bob Grant, e, "A Dama e o Vagabundo", com desenho sensacional de Al Hubbard.
"Ossos Do Ofício" (Revista Pato Donald, no. 298, de 1957); "As Superaspirações Do Lobão" (Revista Mickey, no. 278, de 1975); "Sono Pesado" (Revista Pato Donald, no. 219, de 1956); "Que Cãofusão" (Revista Pato Donald, no. 311, de 1957).
Acima, quatro exemplos da vasta e variada produção de roteiros cômicos de Del Connell, utilizando vários personagens da Galeria Disney. Primeiro, uma história de Banzé com traço de Al Hubbard. Segundo, uma história de Lobão e Lobinho com traço de Peter Alvarado. Terceiro, uma história de Havita com traço de Lee Hooper. Quarto, uma história de Pluto com traço de Paul Murry.
"Mickey" (Revista Mickey, no. 275, de 1975); "Esperteza Infantil" (Revista Zé Carioca, no. 1.905, de 1991).
Finalizando, dois exemplos de roteiros de histórias de uma página ou de tiras de jornais com os personagens Mickey e sua turma, sendo a primeira desenhada pelo Mestre Floyd Gottfredson e a segunda desenhada pelo Mestre Manuel Gonzales.
Com esse tipo de história Del Connell demonstrou sua incrível criatividade, pois produziu milhares e milhares desses tipos de roteiros. De onde ele tirava tantas idéias?
Texto e Pesquisa: Cesar Brito
Colecionador e Gibólogo
Connell, Del
As histórias que marcaram a infância daqueles que cresceram lendo as revistas Disney-Abril tiveram, por trás dos desenhistas, roteiristas criativos (todos americanos nascidos na primeira metade do século XX), responsáveis por muitos dos sonhos e objetivos que nortearam as vidas dessas crianças de outrora.
Embora desconhecidos até agora, na verdade foram eles que expandiram a Galeria Disney criando novos personagens, criando personagens parentes dos já existentes e até criando vilões e inimigos inesquecíveis.
Também escreveram roteiros de histórias extremamente criativas, com muita ação, mistérios e comicidades, que marcaram várias gerações de leitores.
Esta introdução acima irá abrir o item de "Características" de todos os escritores e roteiristas das histórias em quadrinhos Disney, doravante aqui apresentados.
Del Connell é um deles! Durante sua vida produtiva escreveu mais de 7.700 roteiros, aí incluídas histórias de uma página e tiras de jornal, é claro, mas mesmo assim uma cifra fabulosa.
"A Fonte Da Juventude" (Revista Mickey, no. 68, de 1958); "Donald Na Ma-Laia" (Revista Mickey, no. 81, de 1959); "Marinheiros De Água Doce" (Revista Mickey, no. 78, de 1959)
Em primeiro lugar, três roteiros de histórias com Donald e sobrinhos. Na primeira, com traço de Bob Moore, os patos buscam a Fonte da Juventude. Na segunda, com traço de Jack Bradbury, os patos vão para a Ma-Laia (paródia da Malásia) buscar uma partida de borracha. Na terceira, com traço de Dick Moores, os patos buscam um tesouro enterrado em uma ilha. Observe-se a repetição do tema da "busca pelo sucesso", sempre terminando de forma inusitada. Característica de Connell.
"Mancha Negra Encontra O Super-Pateta" (Revista Mickey, no. 164, de 1966); "O Super-Trapalhão" (Revista Mickey, no. 163, de 1966).
Acima, as duas tentativas fracassadas de Del - com traço de Paul Murry - para criar o roteiro do nascimento do personagem Super-Pateta.
Na primeira, Pateta enfrenta o Mancha Negra pensando que é super, mas sem ser. Ele havia tomado por engano um inócuo super-combustível inventado por Pardal e achava que havia ganhado super-poderes.
Na segunda o Pateta recebe energia de uma suposta "super-capa" inventada pelo Prof, Pardal, uma coisa sem sentido. Por que o Pardal inventaria essa capa e a daria justo ao Pateta? Sempre que não se sabe o que fazer, coloca-se o Pardal inventando qualquer coisa.
No final, coube a Bob Ogle criar a versão definitiva do nascimento do Super-Pateta, que se transforma quando come super-amendoins. Muito mais engraçado e criativo.
"Peter Pan" (Revista Mickey, no. 14, de 1953); "O Tesouro Enterrado" (Revista Pato Donald, nos. 320 e 321, de 1957); "Donald e Peter Pan" (Revista Pato Donald, no. 318, de 1957).
Aqui, três exemplos de roteiros de histórias com os personagens do desenho animado Peter Pan. Na primeira, desenhada por Al Hubbard, a versão quadrinizada da história original. Na segunda, desenhada por Dick Moores, Wendy e seus irmãos enfrentam o Capitão Gancho na busca por um tesouro. Na terceira, desenhada por Bob Moore, Peter encontra Donald, quando busca ouvir as histórias que ele conta aos seus sobrinhos afim de reproduzi-las para os Meninos Perdidos, mas no final, o falatório do pato o coloca em apuros. Nestes três casos, Connell soube explorar muito bem as características dos personagens do desenho animado.
"Alice No País Das Maravilhas" (Revista Mickey, no. 2, de 1952); "A Dama E O Vagabundo" (Revista Disney Especial, no. 3, de 1973).
Mais dois exemplos de roteiros de Del para versões quadrinizadas de desenhos animados dos Estúdios Disney: "Alice no País das Maravilhas", com desenho de Riley Thomson e arte-final de Bob Grant, e, "A Dama e o Vagabundo", com desenho sensacional de Al Hubbard.
"Ossos Do Ofício" (Revista Pato Donald, no. 298, de 1957); "As Superaspirações Do Lobão" (Revista Mickey, no. 278, de 1975); "Sono Pesado" (Revista Pato Donald, no. 219, de 1956); "Que Cãofusão" (Revista Pato Donald, no. 311, de 1957).
Acima, quatro exemplos da vasta e variada produção de roteiros cômicos de Del Connell, utilizando vários personagens da Galeria Disney. Primeiro, uma história de Banzé com traço de Al Hubbard. Segundo, uma história de Lobão e Lobinho com traço de Peter Alvarado. Terceiro, uma história de Havita com traço de Lee Hooper. Quarto, uma história de Pluto com traço de Paul Murry.
"Mickey" (Revista Mickey, no. 275, de 1975); "Esperteza Infantil" (Revista Zé Carioca, no. 1.905, de 1991).
Finalizando, dois exemplos de roteiros de histórias de uma página ou de tiras de jornais com os personagens Mickey e sua turma, sendo a primeira desenhada pelo Mestre Floyd Gottfredson e a segunda desenhada pelo Mestre Manuel Gonzales.
Com esse tipo de história Del Connell demonstrou sua incrível criatividade, pois produziu milhares e milhares desses tipos de roteiros. De onde ele tirava tantas idéias?
Texto e Pesquisa: Cesar Brito
Colecionador e Gibólogo
