Bob Moore foi contemporâneo de Riley Thomson nos Estúdios Disney. Particularmente trabalharam juntos no longa-metragem "Fantasia". Pode-se deduzir daí que esse seja o motivo de seus traços serem parecidos? Talvez.
"Cocoricooo!" (Revista Mickey, no. 6, de 1953). No exemplo acima - com os Patos em roteiro cômico de Don Christensen - observe-se em especial a aparência da Vovó Donalda como está parecida com a Vovó da história "Viva Vovó Donalda" de Riley (vide Características de Riley Thomson).
"Operação Mascote" (Revista Tio Patinhas, no. 46, de 1969). Aqui apresentamos uma história - com roteiro desconhecido - onde aparece uma mescla de personagens: os Patos com Fígaro, o gatinho de Gepeto, o pai de Pinóquio. Seria essa história de autoria do próprio Bob? Influenciado por seu trabalho com os desenhos animados ele teria feito essa mescla de personagens? Quem poderá saber?
"A Fonte Da Juventude" (Revista Mickey, no. 68, de 1958). Neste outro exemplo - com roteiro muito bom de Del Connell - pode-se destacar os personagens coadjuvantes dos Patos desenhados como humanos e não como animais. Essa seria outra característica de Bob Moore.
"Donald e Peter Pan" (Revista Pato Donald, no. 318, de 1957). Finalizando, mais um exemplo acima, com roteiro de Dell Connell, de história com mescla de personagens: os Patos com Peter Pan. Como foi dito acima, o Peter é um personagem de traços humanos que Moore mistura muito bem com os Patos que são personagens animais. Interessante também observar que na história original de Peter Pan ele vai até a janela de Wendy para ouvir as histórias que ela conta e aqui vai até a cerca do quintal de Donald pelo mesmo motivo: ouvir as histórias que ele conta.
Bob Moore foi mais um Mestre Disney da Velha Guarda cujas histórias permanecem em nossas memórias.
Texto e Pesquisa: Cesar Brito
Colecionador e Gibólogo