Angel Nadal Quirch teve poucas histórias publicadas no Brasil. É contemporâneo e trabalhou ao lado do chileno Vicar.
"Mágico De Araque" (Revista Zé Carioca, No. 1.383, de 1978). Este exemplo acima, com roteiro de Vilhelm Joost foi uma das primeiras de suas histórias publicadas no Brasil e nela podemos observar o seu traço que parece ter sido inspirado levemente em Paul Murry. Esta história intitulada originalmente "The Lady In The Box", que poderia ser traduzida literalmente por "A Dama Na Caixa", teve seu título adaptado no Brasil para "Mágico de Araque" e fica aqui a informação para as novas gerações: "de araque" era uma gíria que significava "de mentira".
"Pescaria Não É Sopa" (Revista Almanaque Disney, No. 96, de 1979).Neste outro exemplo, com roteiro de Jorgen Jensen, o traço de Angel Nadal já parece mais calcado no estilo de Jack Manning em sua primeira fase.
"O Melhor Cão Do Mundo" (Revista Zé Carioca, No. 1.375, de 1978). Nesta história acima, com roteiro de Bengt-Ake Hakansson, estrelada pelo Pluto, podemos observar uma qualidade de desenho que novamente nos remete ao puro traço de Paul Murry. Angel parece oscilar entre estilos diferentes.
"O Salmão Tá Na Mão" (Revista Margarida - 1ª. Série, No. 119, de 1991). Finalizando, uma história estrelada pelos Patos, com roteiro de Bob Bartholomew (que também roteirizou várias histórias desenhadas por Vicar), onde podemos observar a semelhança do traço de Angel com o do chileno Vicar. E fica a questão: quem influenciou quem? Ou ambos decidiram juntos buscar inspiração no Grande Mestre Carl Barks? A última hipótese parece ser a mais provável.
Texto e pesquisa: Cesar Brito
Colecionador e Gibólogo