Lista de Mestres Biografia do Mestre
Vicar é um dos melhores, assim como William Van Horn e Marco Rota, dentre os Mestres Disney que produzem histórias com os patos no estilo e no traço consagrados de Carl Barks, o Homem dos Patos. Victor, porém, não escreve seus roteiros, apenas desenha... mas como desenha!
"Chooove, Chuva!" (Revista Pato Donald, no. 1084, de 1972).No exemplo acima, com roteiro de Bengt-Ake Hakansson (que nome é esse, meu Deus?), vê-se uma história no estilo das curtas e cômicas que Carl consagrou. Observe-se as características do cenário, idêntico ao que Barks fazia. Observe-se ainda a qualidade do detalhe das árvores e da movimentação dos patinhos.
"Presente Em Cima Da Hora" (Revista Disney Especial, no. 26, de 1976).Neste exemplo, com roteiro de autoria desconhecida, vê-se Tio Patinhas às voltas com os eternos problemas de Natal, tema várias vezes abordado por Barks. Observe-se os detalhes do escritório do velho pato e o terceiro quadro, quando ele tem uma idéia. Um leitor desavisado pode imaginar estar vendo uma página de Barks. Nesse caso o roteiro mais fraco é que adverte não se tratar do Velho Mestre.
"A Nova Sede" (Revista Almanaque Disney, no. 67, de 1976). Acima, mais um exemplo com roteiro de autoria desconhecida, dessa vez uma história com os Escoteiros-Mirins. Observe-se o portal no segundo quadro, o carro no terceiro e a perspectiva inusitada - com ângulo superior - no quarto quadro. São todos exemplos do apuro e capricho do traço de Vicar e da influência que Barks exerceu sobre ele.
"O Desaparecimento da Número Um" (Revista Tio Patinhas, no. 118, de 1975).Neste exemplo acima, com roteiro de Tove Dester, uma história abordando a primeira moeda de Tio Patinhas - um tema típicamente Barksiano - onde pode-se notar mais uma vez a impressionante qualidade do traço de Victor Arriagada.
"Quando a Esmola É Muita..." (Revista Pato Donald, no. 1386, de 1978). Acima, com roteiro de Dorthe Dester, uma história onde aparecem os Irmãos Metralha. Aqui pode-se observar, no desenho dos vilões, uma flagrante diferença com o traço de Carl. Observe-se também o carro dos Metralha, que parece mais a viatura dos bandidos desenhada por Tony Strobl, embora neste caso seja em forma de conversível.
"Micronegócios" (Revista Tio Patinhas, no. 249, de 1986). E por fim, com roteiro de Edele Kenner, uma história que é sequência de "Micro Patos do Espaço", sensacional criação de Barks. Na história original, Carl deixou um "gancho" para um próximo episódio que ele nunca realizou. Vicar e Edele o produziram, com elegante traço e muita categoria numa justa homenagem ao Homem dos Patos. No entanto, é importante que se diga que, enquanto na história original Barks faz uma crítica ácida à humanidade - mostrando como o preconceito é oriundo do medo e do ódio - nesta continuação a visita dos Micro Patos se transforma em apenas uma comédia onde Donald se arrebenta todo para causar riso numa depressiva princesa alienígena. Como desenhista Vicar não envergonha Barks, mas como roteirista Kenner nem chega perto do Homem dos Patos.
Vicar, sem dúvida nenhuma, assim como William Van Horn e Marco Rota, é um dos herdeiros de Carl Barks. Seria maravilhoso se ele desenhasse as histórias escritas por Don Rosa. Seriam verdadeiros clássicos geniais!
E fica a dúvida: entre Vicar, William Van Horn e Marco Rota... qual é o melhor? Para evitar uma injustiça fica decretado... empate!
Texto e Pesquisa: Cesar Brito
Colecionador e Gibólogo
Victor José Arriagada Ríos, Vicar
Vicar é um dos melhores, assim como William Van Horn e Marco Rota, dentre os Mestres Disney que produzem histórias com os patos no estilo e no traço consagrados de Carl Barks, o Homem dos Patos. Victor, porém, não escreve seus roteiros, apenas desenha... mas como desenha!
"Chooove, Chuva!" (Revista Pato Donald, no. 1084, de 1972).No exemplo acima, com roteiro de Bengt-Ake Hakansson (que nome é esse, meu Deus?), vê-se uma história no estilo das curtas e cômicas que Carl consagrou. Observe-se as características do cenário, idêntico ao que Barks fazia. Observe-se ainda a qualidade do detalhe das árvores e da movimentação dos patinhos.
"Presente Em Cima Da Hora" (Revista Disney Especial, no. 26, de 1976).Neste exemplo, com roteiro de autoria desconhecida, vê-se Tio Patinhas às voltas com os eternos problemas de Natal, tema várias vezes abordado por Barks. Observe-se os detalhes do escritório do velho pato e o terceiro quadro, quando ele tem uma idéia. Um leitor desavisado pode imaginar estar vendo uma página de Barks. Nesse caso o roteiro mais fraco é que adverte não se tratar do Velho Mestre.
"A Nova Sede" (Revista Almanaque Disney, no. 67, de 1976). Acima, mais um exemplo com roteiro de autoria desconhecida, dessa vez uma história com os Escoteiros-Mirins. Observe-se o portal no segundo quadro, o carro no terceiro e a perspectiva inusitada - com ângulo superior - no quarto quadro. São todos exemplos do apuro e capricho do traço de Vicar e da influência que Barks exerceu sobre ele.
"O Desaparecimento da Número Um" (Revista Tio Patinhas, no. 118, de 1975).Neste exemplo acima, com roteiro de Tove Dester, uma história abordando a primeira moeda de Tio Patinhas - um tema típicamente Barksiano - onde pode-se notar mais uma vez a impressionante qualidade do traço de Victor Arriagada.
"Quando a Esmola É Muita..." (Revista Pato Donald, no. 1386, de 1978). Acima, com roteiro de Dorthe Dester, uma história onde aparecem os Irmãos Metralha. Aqui pode-se observar, no desenho dos vilões, uma flagrante diferença com o traço de Carl. Observe-se também o carro dos Metralha, que parece mais a viatura dos bandidos desenhada por Tony Strobl, embora neste caso seja em forma de conversível.
"Micronegócios" (Revista Tio Patinhas, no. 249, de 1986). E por fim, com roteiro de Edele Kenner, uma história que é sequência de "Micro Patos do Espaço", sensacional criação de Barks. Na história original, Carl deixou um "gancho" para um próximo episódio que ele nunca realizou. Vicar e Edele o produziram, com elegante traço e muita categoria numa justa homenagem ao Homem dos Patos. No entanto, é importante que se diga que, enquanto na história original Barks faz uma crítica ácida à humanidade - mostrando como o preconceito é oriundo do medo e do ódio - nesta continuação a visita dos Micro Patos se transforma em apenas uma comédia onde Donald se arrebenta todo para causar riso numa depressiva princesa alienígena. Como desenhista Vicar não envergonha Barks, mas como roteirista Kenner nem chega perto do Homem dos Patos.
Vicar, sem dúvida nenhuma, assim como William Van Horn e Marco Rota, é um dos herdeiros de Carl Barks. Seria maravilhoso se ele desenhasse as histórias escritas por Don Rosa. Seriam verdadeiros clássicos geniais!
E fica a dúvida: entre Vicar, William Van Horn e Marco Rota... qual é o melhor? Para evitar uma injustiça fica decretado... empate!
Texto e Pesquisa: Cesar Brito
Colecionador e Gibólogo
